O secretário-executivo do MME, Marcio Zimmermann, disse que o edital do leilão de reserva de energia eólica não exigirá índice de nacionalização de equipamentos. Segundo ele, o leilão, que será realizado no dia 25 de novembro, será importante para incentivar a instalação de um mercado eólico nacional e reforçará espaço para fontes alternativas. A exigência fazia parte do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica e era considerada como um entrave para a expansão do setor. (CanalEnergia - 08.05.2009)
Comentário de Ivo Pugnaloni
Uma decisão muito acertada, que reflete uma tomada de consciência das autoridades quanto à necessidade do Brasil recuperar o tempo perdido no campo da geração eólica, que infelizmente era tida até bem pouco tempo como algo “exótico”, “caro” e “de brincadeira”.
Exigir índice de nacionalização de 65%, em um país onde não existe uma industria é o mesmo que proibir os empreendedores de implantarem seus empreendimentos.
É preciso reconhecer no entanto que essa exigência é da Lei 10.438 de 2002 e portanto, da gestão anterior.
Mas faz muito tempo que vínhamos recomendando, sem sucesso, que esse índice fosse revisto. ( leia aqui )
De qualquer forma, antes tarde do que nunca.
Parabéns ao Ministério de Minas e Energia pela decisão.
Aproveitando a oportunidade, fica outra sugestão no mesmo sentido: porque não estender essa mesma medida aos empreendimentos eólicos do PROINFA, parados e sucessivamente postergados pela mesma razão?
Ivo Augusto de Abreu Pugnaloni
Engenheiro eletricista, ex-diretor da COPEL, atual diretor da ENERCONS Consultoria em Energia Ltda.
ivo@enercons.com.br
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2009 Tribuna do Setor Elétrico |
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